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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Quando a gente não tem nada, o que era pouco te faz falta!

Essa é uma sensação muito ruim, sentir falta de algo que tu sabias que não era suficiente, que não te deixava tranquila, satisfeita, sempre um incômodo ou mais te rondando o peito, tirando a tua paz, mas mesmo assim, faz falta. Era a única coisa que tu tinhas, então vai fazer falta.

Ruim também é se contentar com pouco, até que chega um ponto que enche a paciência e se ousa optar pelo nada. É muito difícil optar pelo nada. Pra ficar bem bonito e positivo eu até poderia dizer: “Nada não! Vou ficar com a melhor companhia, eu mesma!” Ah, amada, mas não é bem assim que funciona. Sou humana, uma raça de seres sociais, eu sinto falta de afeto, de carinho, de atenção, de dialogar, de beijos, de sexo bom, um bom colinho... É muito duro aceitar que teu destino é ficar sem nada disso por sabe-se lá quanto tempo! Até os hormônios vão te cobrar!

É nesta lógica de pensar que mora a armadilha, nos vemos tentadas a não parar ou acabar voltando a comer as migalhas que recebia, afinal, seria melhor que passar fome. Porém precisamos arrumar forças pra lutar contra isso e resistir, buscar energia não sei de onde, eu sei que nós mulheres conseguimos encontrar, nem que seja buscando auxílio, mas encontra, o importante é encontrar forças pra vencer esse ciclo por nós mesmas, sem usar ou demandar uma outra pessoa, a não ser que seja um/a terapeuta pago/a pra isso.

A fase recente da decisão de romper com relações de “migalhas” é a mais desafiadora e delicada. Eu não sei se é muito absurdo eu fazer essa comparação, mas é como se fosse com as adicções, vícios. Parar de fumar, por exemplo, os primeiros dias são os mais terríveis, teu corpo pedindo nicotina, eita que até lembrei da Marrom cantando “meu vício é você, meu cigarro é você” hehe! De fato, não é absurda a comparação. 

Esses dias são determinantes pra seguir livre mais adiante, e com o passar do tempo os benefícios começam a aparecer e tu te sentes mais decidida a não voltar mais. Isso quando tu realmente entendes que, por mais que o desejo ainda permaneça, os benefícios que estás alcançando compensam, pois te fazem bem, te livra dos males que tinha. Importante saber que vai doer um tempo, respeitar e viver essa dor também é necessário, a gente chora, sofre, ouve as playlists mais absurdas, enfim, mas tem que superar! E pra ir superando, mais uma vez trago a cartada do amor próprio, recompor a dignidade e trabalhar esse autoamor, não tem outro caminho, minha gente! Fora que já tô cansada de servir, quero é ser bem servida de volta!

Sejamos fortes! Nos apoiemos! Somos foda e não merecemos migalhas! Ninguém merece! É procurar entender o que se quer pra ir em busca do que é melhor pra si. Desapegar e se permitir a mudar a história da tua vida, sem se culpar pela demora ou pela falta de força, cada ser é único e tem o seu tempo, nem ficar remoendo culpa pelos erros cometidos, é identificar, tirar lições, tomar o impulso de retomar as rédeas de si e ter paciência, pois vai ter tropeço sem dúvida, mas com coragem a gente vence!

domingo, 21 de junho de 2020

Ninguém se apaixona por "puta"

Ontem tava tomando uma cerveja na casa da minha amiga e vizinha Vivian, nos acompanhamos nessa quarentena. E dentre diversos assuntos e divagações, amigas sempre desabafam sobre a vida amorosa. A nossa é de muitos lamentos, como de muitas mulheres, mas sempre aquela vontade guardada de se apaixonar. É tão bom se apaixonar, né? Ganhar bom dia, boa tarde, boa noite, muitos carinhos, "como tu estás?", "eu vi isso e lembrei de ti!", "meu amor, estou com saudades, quero te ver!" Enfim, de ganhar esses mimos e sentir o gosto de uma paixão correspondida, porque se apaixonar a gente insiste sempre, mas se é correspondida é outra história.

Daí Vivian dizia que não adianta também a gente dizer que não vai se apaixonar porque isso é um engano, é algo involuntário, acontece. De fato, é algo que não temos domínio, não se manda no coração. Mas acordei agora bem filosofando, lembrando dessa parte da conversa, e penso que ninguém se apaixona por "puta", e assim sinto que somos, "putas". Só quem se apaixonou por puta foi o Richard Gere pela Júlia Roberts em “Uma linda mulher”, mas é um filme conto de fadas, né? Mesmo assim, o filme guarda uma pequena dose de realidade: a paixão é involuntária, o homem pode se apaixonar pela puta sim, mas ela vai ter que deixar de ser puta e se tornar posse dele.

Ah, Carla, mas não é isso que vocês querem? Uma paixão correspondida? Um amor pra chamar de “seu”? Qual é o problema então? O problema está no ser "puta" pra gente. No caso do filme é uma profissional do sexo que vai interromper sua profissão para casar e quem sabe arrumar outra profissão, ou não, pois o cara do filme é milionário, ela nem vai precisar, vai acabar virando uma puta exclusiva sabe-se lá por quanto tempo, nos contos de fadas dura para sempre. Mas aqui falamos de vida real. Não somos profissionais do sexo, vale ressaltar, e reconheço que as opressões e riscos que essas profissionais sofrem são bem diferentes do que sofremos por sermos mulheres de sexualidade livre. Minha intenção aqui não é ocupar um lugar de fala que não é meu, só justifico que acabo por me inserir na seara das “putas” porque é assim que nos enxergam e nos apontam, mulher livre é "puta" e não serve pra se apaixonar e ter “compromisso”. Eu que sou não monogâmica então, viro praticamente um E.T! Ou o que acabo sendo na prática, uma boa amiga pra conversar e pra transar.

Nessa minha lida de pesquisadora de humanas, penso na origem das coisas, vamos então à etimologia da palavra puta. Tem um apanhado bem legal nesse link do site Esquerda Diário, e venho destacar: No primeiro dicionário monolíngue do castelhano, datado de 1611, da Real Academia Española, puta é: “a rameira ou mulher ruim. Quase pobre, que sempre está quente e cheirando mal”. Deste ponto, o texto, com base nos argumentos de Silvia Federici, na obra "Caliban e a Bruxa. Mulheres, corpo e acumulação primitiva" convida a analisar o contexto da Europa de 1600, transição do feudalismo para o capitalismo, as mulheres recebiam muito menos que os já reduzidos salários dos homens e portanto se lançavam à prostituição para complementar a renda, bem como a Igreja Católica começa a caça às bruxas, atacando os direitos reprodutivos das mulheres e impondo a subordinação da esposa ao marido no âmbito familiar, formulando a divisão de mulheres em “a Maria santa e boa trancafiada em casa” e a “perdida Eva, pecadora e expulsa do paraíso”.

Portanto, a visão de “puta”, desde o século XVII, tem uma conotação moral que vai além da venda do sexo, do corpo, mas das mulheres que não estão submissas ao seu homem, sua paixão, seu amor. E por incrível que pareça, quatro séculos depois, esta visão se faz ainda presente, e não à toa, pois se mantém por força de algo poderosíssimo e estruturante para o funcionamento do sistema capitalista: o patriarcado. E por isso mulheres livres incomodam, são subjugadas, marginalizadas, humilhadas e por fim, sem direito ao amor. O amor é algo puro e digno somente a quem faz por merecê-lo. "Putas" certamente não merecem. Além de "puta" a juventude usa bastante o termo "bandida", que vai nesse sentido também da sexualidade livre, mulheres que rompem com o patriarcado estão de fato "fora da lei".

Não pretendo deixar de ser “puta”, nem "bandida". Vivian também não. Então disse a ela que não adianta vivermos amarguradas e nos impingindo sofrimento por não encontrarmos uma paixão correspondida, pois isso está pra além de nós, é uma questão estrutural e que não vai se transformar do dia pra noite. Não é a gente que tem o “dedo podre” e só acerta em cilada, é a sociedade machista que oferece poucas alternativas em encontrar um homem que consiga respeitar nossos desejos. O patriarcado é tão nojento que um dia desses navegando pelo mundo dos comentários nas redes sociais descobri o termo “escravoceta”, destinado aos homens que começam a compreender a problemática do machismo e a tentar realinhar suas condutas para nos garantir respeito, eles são simplesmente escravocetas! Como uma ofensa àqueles que decidiram “trair” o patriarcado. Gente, cadê meu escravoceta? Hahahaha!

Infelizmente numa sociedade machista precisamos nos adaptar para manter nossa identidade e aprender a ser felizes com o que temos. Pode ser que um dia apareça uma paixão maravilhosa e correspondida, pode ser que sim, nada é impossível na vida, já tem até os escravocetas! Haha! Mas assim, precisamos ter ciência que é uma possibilidade bem remota por conta das escolhas que fizemos dentro do contexto social que nos envolve, e também por outras questões que não vou me ater agora, como o fato deu ser preta e a Vivian gorda. 

Não podemos nos entregar à tristeza em não conseguirmos alcançar algo tão simples que é um amor correspondido, nem podemos mais seguir no engano de nos dar demais a alguém na esperança de conquistá-lo ou receber tudo de volta, nessa tentativa desmedida e carência absurda de ter um amor, influenciadas também por essa demanda da busca do ideal de amor romântico. Em nome do amor próprio é se dar na mesma medida do que recebe, saber valorizar e viver bem com os diversos afetos pra quem sabe um dia o acaso te premiar, ou não. Hoje, honestamente, tô evitando me lançar em paixões, por conta do que reflito aqui e com base no que já passei e sofri, me restam poucas esperanças em relações com homem hetero, muito ainda pra avançar!

Um dia isso muda, já observamos algumas mudanças graças ao avanço da luta feminista e isso nos anima a seguir lutando. São séculos de doutrinação e certamente é muito trabalho pela frente. Seguiremos firmes e decididas a não nos encaixar em padrões que não cabemos mais, honrando a luta de quem dedicou sua vida pra usufruirmos do que temos hoje. Amo ser "puta", pois para mim "puta" hoje significa ser livre! Se quiser me amar, me ame assim ou viva lá seus padrões confortáveis de relação e me deixe em paz! Garanto que não sabe o que tá perdendo! 😉

sábado, 20 de junho de 2020

A cruel pedagogia do coronavirus para as mulheres

Publiquei um vídeo no meu Instagram e Facebook fazendo análise desta mais recente obra do Boaventura de Sousa, falando mais específico para as mulheres e as negras, meu lugar de fala.



Como recomendei a leitura, venho compartilhar o pdf desse livro, só clicar na imagem abaixo:




quarta-feira, 17 de junho de 2020

Foda-se

Passei uma vida inteira
Achando que eu não podia
Não sou bonita
Não sou capaz
Vou ser agredida
Era o que sempre me dizia

Não tenho peito
Não tenho bunda
E nem nasci pra poesia
Até bater uma siririca
Era algo que eu não sabia
E tudo foi guardado, censurado
Eu só entendia que não devia

Não se pode chamar palavrão
Nem "trair" o seu mozão
Se for assumir o teu "beckão"
Vai sofrer muita sanção

Geme alto quem é puta
Se tiver pêlo é porque é suja
Pois pra ser respeitada
Tem que ter uma conduta
Essa é a face do machismo
Que te julga e te culpa

Mas foda-se quem se incomodar!
Eu vou gemer, eu vou fumar, e vou gozar
E vou escrever, vou me mostrar
Quer um boleto meu pra pagar?

Eu pago o preço por me amar
Pois eu entendo hoje, mulher
Que a gente precisa se libertar
Cada uma no seu tempo
No tempo que precisar
E eu vou estar aqui pra te apoiar!

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Como o dia dos namorados te atinge?

Mais uma vez o feminismo me salvou! O feminismo liberta! Parece até coisa de “palavra da salvação”, né? Mas também não deixa de ser um tanto disso pra mim que passei muitos anos da vida, antes de conhecer o feminismo, me culpando por ser sempre preterida, viver triste por isso e ser tomada pela tristeza no tão propalado dia dos namorados.

Eu sou aquela que recebe muitos elogios e ao mesmo tempo me sentia uma merda. Os muitos elogios geralmente eram pra conseguir me comer mesmo ou pra de uma forma não muito dura ser dispensada de uma relação mais séria. Sou uma ótima amiga, inteligente, engraçada, boa de cama, enfim, uma ótima companhia, MAS, não dá pra levar mais adiante porque não estou preparado pra isso (não muito depois a pessoa aparece namorando), ou já sou comprometido, ou um você é muito especial e merece coisa melhor, uma gama de desculpas que quem é mulher e tá lendo, já sabe como é. 

E digo isso com a certeza de que boa parte das mulheres, em especial as negras, já ouviram e viveram essa história, sempre existe esse “mas”, não é? Pois é, só que antes do feminismo eu me culpava por isso, eu achava que era pelo fato deu ser uma “preta feia”, apelido que foi “carinhosamente” escrito num quadro na sala de aula bem na frente da cadeira onde eu me sentava no ensino médio. Tentava encontrar outros atributos então em mim que fossem mais palatáveis, ou que me tornassem mais desejável, pra me sentir aceita. Eu podia ser feia, mas era gostosa, boa de cama, era um diferencial, e o que me ajudou de fato, estudar. Eu podia ser feia, mas era inteligente, tinha muita leitura, escrevia bem, teria uma boa conversa, mesmo assim, o “mas” não deixava de me acompanhar.

Dia dos namorados então, nossa! Lembro de quantas vezes desmereci essa data, do quanto anulei, do quanto tirei por menos, denunciava como uma data comercial (o que não deixa de ser verdade também), mas no fundo morrendo de vontade de ganhar um buquê de rosas, pois nunca ganhei na vida um buquê de rosas (se bem que hoje preferiria ganhar uma roseira pra poder cultivar sempre as rosas, sou a louca das plantas atualmente), ou doida de vontade de escrever cartas românticas, que gosto muito, pensar num presente, numa surpresa, como fiz das quatro vezes que tive dia dos namorados com alguém nesses meus 24 anos de vida sexual ativa.

Hoje a data não me machuca mais e nem preciso mais maldizê-la, no máximo agora fazer umas graças com a falsa monogamia de muitos casais ou compartilhar memes engraçados, pois o feminismo, e especial o feminismo negro, me fez entender que minha solidão é algo estruturante da sociedade. Com as leituras sobre solidão da mulher negra eu consegui parar de me culpar, consegui trabalhar minha autoestima, deixar o estigma da “preta feia” para trás. Isso implica dizer que outras mulheres não sofram com a solidão? De forma alguma, até porque existem outros fatores como gordofobia, por exemplo, mulheres gordas também são preteridas, se for negra então, piorou! E leva tantas mulheres a perseguir padrões ideiais de beleza pra tentar ser aceita, se mutilando, fazendo dietas absurdas, enfim, tudo pra se sentir aceita e não ficar só. Imagina mulheres com deficiência! Ou então mulheres que são “padrão”, mas não aceitam mais caladas os sapos que temos que engolir muitas vezes dos homens pra sustentar uma relação. Se tu és uma dessas que não tolera e ainda não se identificou feminista, saiba que o feminismo já faz morada em ti!

E é justamente aí que o feminismo salva, ele te alerta que não é necessário mais tolerar, que tu não mereces essas relações, muito menos migalhas afetivas, que o mundo é diverso e tu não precisas ficar perseguindo padrão nenhum ou fazer coisas pra ser aceita e não ficar só, inclusive a solidão acaba sendo o melhor caminho para muitas escaparem de relações abusivas, por mais triste que seja afirmar isso. A solidão não é gostosa, temos que concordar, mas comparado a violência que muitas mulheres já sofreram e ainda sofrem, e que temos relatos aos montes, eu chego a me sentir grata por ter passado boa parte da minha vida só.

Enfim, o feminismo me salvou de muita violência, salvou minha autoestima, me libertou dos padrões, me ajudou a não trancar a faculdade, me ajuda a ser mãe e carregar o peso da maternidade, pois com a maternidade senti na pele o quanto o machismo pode ser ainda mais cruel com as mulheres, o feminismo me salva das culpas. Isso quer dizer que estou isenta de sentir culpa, ou de aceitar migalhas afetivas de vez em quando? Infelizmente não, pois fomos socializadas assim, numa sociedade machista, e é muito difícil se desfazer por completo de muitos anos de mundo encantado da Disney que é implantado em nossas mentes desde a infância, de toda carga diária da indústria cultural sobre padrões de beleza, pois as pessoas que te cercam, e muitas vezes até que te amam, implicitamente te cobram. Mas com o feminismo num momento tu paras e reflete, te livra do mal pensamento, te liberta, seja por si só ou por uma mana feminista que aparece do nada com uma mensagem super bacana que te dá aquele estalo na cabeça e tu pensas: Ei, já tô caindo na armadilha do patriarcado? Tu te levantas e vira o jogo, toma uma atitude, sai de um ciclo, acorda pra vida! 

Hoje eu sou mais feliz por enxergar essas verdades e sigo mais leve sozinha, cultivando diversos afetos, pois o amor é uma força incrível, te cura, o amor é revolucionário! E ele está em diversos formatos, deve ser valorizado e não desdenhado por conta das dores que infelizmente passamos, é lindo ver um casal de pretos se amando, por exemplo, ou sentir a cura que vem do amor de minha filha, e quando eu não era mãe me curava e ainda me alimento de amor com as amizades, com minhas plantas, meus estudos, minha militância, minhas conquistas, e até com os contatinhos, rs (afinal, sozinha sim, mas sem sexo também não dá, né? Huahauha! Mas até contatinhos passam por mais filtros agora e isso me ajuda a evitar problemas). E principalmente: o amor próprio! Colocando o amor por ti na frente, o resto tudinho vai fluir bem!

Com a maturidade e ajuda do feminismo a gente aprende que a felicidade não está num modelo pronto, por mais clichê que pareça dizer isso, a diferença é que a gente trabalha pra que esse clichê se torne real e deixemos de viver escravas dessa caixa de adestramento que vivemos. E o dia dos namorados que parece só uma data inocente e comercial faz parte deste adestramento, pois subliminarmente fortalece o ideal de amor romântico, da felicidade e sucesso só pra quem tem esse amor, o modelo monogâmico como o ideal e também o padrão heteronormativo. Hoje já observamos o mercado sinalizando em propagandas desta data os casais não hetero, e quando o faz de forma escancarada ainda encontra resistências! Mas isso é tão somente uma maneira do capital ampliar seu mercado consumidor, e daria com certeza um outro texto sobre apropriação de pautas sociais como estratégia de fortalecimento do sistema capitalista. Então encerro por aqui e digo:

Muito obrigada, feminismo, por me tornar uma mulher cada vez mais livre!

domingo, 7 de junho de 2020

Resumo: A ralé brasileira: Quem é e como vive

Este livro do Jessé Souza tornou-se agora um divisor de águas em minha vida acadêmica. Que livro FODA!!! E eu só li e resumi o último capítulo, com o título "A má-fé da sociedade e a naturalização da ralé". Leitura muito necessária para entender o porquê da desigualdade social, em especial no Brasil, e porque esse quadro não se altera, além de tocar em muitos aspectos da vida de cada um, trazendo reflexões sobre as ilusões que temos sobre liberdade, amor, de coisas simples e essenciais de nosso cotidiano. Por favor, LEIA!!! Este capítulo subdivide-se em:

A DIMENSÃO POLÍTICA DA DIGNIDADE E DO EXPRESSIVISMO

A EXPANSÃO DO RACIONALISMO OCIDENTAL PARA A PERIFERIA E A SINGULARIDADE DA DESIGUALDADE SOCIAL BRASILEIRA

A MÁ-FÉ DA SOCIEDADE

A PASSIVIDADE POLÍTICA E A MISÉRIA EXISTENCIAL E MORAL DA “RALÉ”

COMO ENTENDER OS CONFLITOS SOCIAIS BRASILEIROS DE MODO RADICALMENTE NOVO?


Esse resumo com choque de realidade tem 17 páginas e pode acessar clicando na imagem do livro:


sábado, 6 de junho de 2020

Constituição e transformação da administração pública brasileira

Mais uma produção da quarentena pro meu curso de mestrado. Em pleno calor do verão amazônico conclui esse texto, abordando a constituição e transformação da administração pública no Brasil no decorrer da história - patrimonialista, burocrática e gerencial - desde os primórdios até hoje em dia 😅

O texto tem 8 laudas e pode ser acessado aqui.