Das muitas viagens que fiz e que ainda tenho oportunidade de fazer é pela militância. Desta vez viajei para Rio Branco – AC para participar do Encontro de Mulheres da Amazônia, porém quase chegando no destino o piloto avisou que não seria possível aterrisar devido a um forte nevoeiro, sendo necessário o avião se dirigir ao aeroporto de Manaus. Assim foi feito. Na hora fiquei extremamente aborrecida, já eram quase 2h da madruga, desde 16h comecei essa jornada, tudo que queria era chegar numa cama e dormir!
No aeroporto de Manaus fomos informados de que o próximo vôo sairia às 14h, que estavam tentando buscar hotéis, mas não havia vagas pra todos devido a um grande evento na cidade. Daí fiquei mais aborrecida ainda! Meu sonho de deitar em uma cama imediatamente foi por água abaixo. Militar na Amazônia tem dessas e muitas outras situações bem mais desconfortáveis!
Sem esperanças e com muito sono enviei mensagem pra Gabi e Gilson, meus irmãos residentes nesta cidade, mas era madrugada, com certeza só iriam ler pela manhã. Fomos conduzidos ao hotel Tropical às 5h da manhã, um hotel lindíssimo e gigantesco, que nos levou a conclusão de que a empresa queria mesmo era economizar com nossa hospedagem, pois ali caberia uns três aviões, mas a diária devia ser nas alturas!
Fomos pro quarto e deitei na tão sonhada cama 6h. As 6:15h Gabi me ligou dizendo que leu a mensagem, mora perto do hotel e já estava chegando. Pulei da cama com minhas olheiras de panda e fui encontrar minha amiga. Andei tanto por esse hotel que parecia um castelo monárquico com 5432 quartos de hóspedes, procurando a saída e não achava. Fui parar na piscina real, um negócio fabuloso e nada da Gabi ou eu encontrarmos a recepção. Depois de tanto andar por essa imensidão, nos encontramos e fomos contemplar o Rio Negro, que só com a luz do dia percebi que estava ao fundo do hotel. Nessas horas só lembrei da raiva dos belenenses ao “perder” a sede da copa pra Manaus com argumentos de que Belém era a metrópole da Amazônia, tinha muito mais a oferecer que Manaus, que essa cidade não tinha nada e blá blá blá. Eu fiquei sinceramente querendo lembrar, por exemplo, de algo similar a este hotel em Belém e não consegui! Fora o grande apelo turístico por onde se passa na cidade. Mas enfim, ainda acho que essa rixa era perda de tempo, pois a gente deveria ter levado Belém e Manaus como sede, as demais regiões do país levaram mais de uma cidade e só a região norte teve que se contentar com uma, com direito ao povo se engalfinhando com bairrismo!
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Rio Negro com Gabi |
Não demorou muito e Gilson ligou dizendo que estava à caminho. Ainda eram 7h da manhã e fomos dar uma volta, tomar café, atravessamos pra Iranduba pra que eu pudesse conhecer a grandiosa ponte. Até o café da beira da estrada tem umas esculturas de animais amazônicos e coisas pensadas pra turista tirar foto!
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Parada pra foto de turista :p |
Neste momento, Gilson disse alegre da grande surpresa que foi minha visita e que imediatamente largou tudo e foi ao nosso encontro porque ele sempre diz que pra ser feliz precisa de pouco, aproveitar essas oportunidades que a vida nos dá, rever de repente amigos que representam tanta coisa especial em nossas vidas. Concordei com meu compadre e a chateação pelo transtorno da viagem passou, o acontecido se tornou pra mim o melhor stop over que a empresa aérea podia oferecer, mesmo que por acidente, mesmo sem ter dormido esta noite.
Como o tempo era curto, aproveitamos a vista da orla da Ponta Negra e celebramos nossa amizade. Gabi e Gilson mesmo morando em outra cidade são amigos que não perco o contato, meus queridos, meus amores! O reencontro me fez crer que as melhores viagens são aquelas que podemos reencontrar pessoas maravilhosas e queridas! Gratidão, vida!
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Irmões! |
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